sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O patético episódio da "torcida de aluguel" do Botafogo em Quito

O episódio dos mil torcedores locais bancados pela Telexfree pode se desdobrar ainda mais. A nebulosa empresa confeccionou mil camisas “tabajaras” do Bostafogo, distribuindo para os falsos bostafoguenses.
A grande questão é que nesta camisa fake a Telexfree ocupava o patrocínio máster, desbancando quem realmente paga por isso, a Guaraviton. A Guaraviton, que reagiu mal (com razão) ao fato de dividir espaço com uma empresa investigada pelo MP, se viu relegada a este nível. A pirataria, tão combatida pela polícia e pelos fornecedores de material esportivo, agora será institucionalizada por anunciantes oficiais?
Algo me diz que a Guaraviton está cada vez mais insatisfeita, justamente, com o clube que lhe abriu portas ao mundo do futebol.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A playlist mas confusa da história

A playlist de um trintão vai de “dançando lambadaê, dançando lambada lá” até “uni duni duni tê, ô ô ô ô, salamê minguê, ô ô ô ô”, super confusa, né?! Crescemos com o vinil, amadurecemos com o CD e tomamos gosto pelo MP3. 
Todo trintão tem um show que não foi porque a mãe não deixou, mas eu tenho que agradecer a minha mãe que me levou no meu primeiro show, show do Bozo!
Todo trintão achava a Madonna gostosa pra caralho, achava o Michael Jackson o cara mais incrível do mundo, dançou Step by Step em algum momento da sua vida e tinha certeza que o Guns ia durar pra sempre ou apostou no Nirvana. Todo trintão irá citar que teve sua fase de Legião Urbana, mas me inclua fora dessa. Sou de Brasília e não curto Legião, e daí?!
Só quem tem seus trinta e poucos anos sabe o que é ligar a rádio e ter que escolher entre o É o Tchan ou Gerasamba, ou pior, saber todos os passinhos. Você acha isso ruim? Dureza era aguentar a Rosana comendo uma deusa nas estações radiofônicas.
A geração dos anos 80 é uma geração esperançosa. Esperança de que o Elvis não morreu, mas bom mesmo seria que o Freddie Mercury estivesse vivo. Esperança que o Cidinho e Doca voltem e ensine ao Benny como se faz. Eu só quero é ser feliz!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Há trinta anos...


Muitos dizem que a geração dos anos 80 foi a última a ter uma infância feliz. Será? Pergunte a quem tem mais de trinta anos quantas vezes se descabelou tentando assistir o último capítulo de Caverna do Dragão que jamais existiu. O fato de alguém ter inventado essa história prova que o nosso bem-estar infantil é demasiadamente exagerado diante da programação da TV na época. Eu te pergunto, os Smurfs conseguiram derrotar o Gargamel de vez? A infância da geração dos anos 80 teve seus traumas.

A minha felicidade era mudar o canal para o SBT. Sim, toda e qualquer casa brasileira ficava sempre ligada no Plim Plim. Felicidade para mim era assistir ao Sérgio Mallandro no programa Oradukapeta com a Porta dos Desesperados e o Mallandrovsky! Os politicamente corretos deixariam existir um programa com esse nome nos dias de hoje? Com certeza não! E logo depois vinha o Bozo, a gente ficava esperando para conferir se alguém ia passar aquele trote para o programa. Sim, o trote do tomate cru. Como a gente era inocente, né?!

Fale para um fã de Ben 10 que bom mesmo era o “alienígena” Gyodai. As crianças que curtem Max Steel não sabem como eram os perigos do He-Man, que enfrentava o Esqueleto e tinha uma irmã em outra dimensão. Mas cadê os traumas da geração dos anos 80? Bom, nós não vimos o Hank levar a Sheila para o parque como adolescentes normais. Até hoje ninguém entende muito bem porque o Seu Madruga não terminou com a Dona Clotilde. E o que houve com o mascote da Punky na série da TV, aquele bichinho que voava e fazia magia com as orelhas? E por aí vai... Agora pergunte aos jovens de vinte e poucos anos se eles têm os seus traumas da cultura pop também. Toda criança teve e terá!

Chegamos aos trinta anos e devemos saber que nossa infância não foi nada de especial. O que há de especial é que ela é nossa e o que é nosso a gente cuida. Será mesmo que não foi especial? Qual outra geração deu sentido a um pogobol? Isso é para poucos!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Aaaaaahhh, os trinta anos...


Dizem que quando se chega aos trinta anos você se torna um balzaquiano. Esse é um termo forte e “balzaquiano” é uma adaptação inconveniente de balzaquiana, termo cunhado exclusivamente para o sexo feminino a partir do sobrenome de Honoré de Balzac (imagem), autor de “A Mulher de Trinta Anos”. Mais do que forte, nós balzaquianos talvez sejamos um pouco sem vergonha também.

Ser desavergonhado para alguns trintões é ficar com menos cabelo, para outros é ficar com mais barriga diante das recordações ainda próxima da realidade de vinte e poucos anos, mas tem também aqueles homens de trinta que melhoram com a passagem dos anos. Um trintão de verdade jamais tentará ser tão jovem quanto aos vinte, melhor deixar isso quando a gente completar os quarenta.
Aos trinta e poucos anos a gente não se lembra bem do Paolo Rossi, mas têm arquivado na memória a Copa de 94 e a de 2002. Os mais velhos têm bastante lembrança ruim, talvez a melhor lembrança seja a Copa de 82. O nossa conversa com os mais jovens é bem melhor: “Fenômeno era o baixinho. O Romário era mais craque que o Ronaldo!”, “Cafu? Que nada! Lateral tem que cruzar que nem o Jorginho.”
Se a meta é paquerar uma vintona intelectual a coisa melhora. Um trintão consegue explicar o que era cruzeiro, cruzado novo e fantasiar o papo dizendo que lembra o que veio primeiro sem parecer um indivíduo ridículo diante da moça. O papo pode ficar acalorado se a meta é ganhar uma moça da mesma idade. Corre o perigo dela ficar pasma de você não se lembrar quando caiu o Muro de Berlim ou qual foi o melhor show do Rock in Rio 85. Não vale usar o Google, hein?!
Aaaaaahhh, os trinta anos... Rock in Rio, Diretas Já, AIDS (levou um monte de gente boa), rock, funk, pagode, axé... Alguns homens de trinta anos nunca irão admitir, mas sabe muito bem o que era a lambada também, uma boa parte até dançou! Isso sem dúvida era ser forte e um pouco desavergonhado.
Os trintões possuem menos sabedoria que aqueles vaidosos de quarenta que acham que a nossa vida ainda não começou, mas temos um pouco mais de audácia. Temos menos energia que esses garotos de vinte, que mal saíram das fraldas, mas ganhamos na paciência. Não, espera... Ah, o que importa é que ainda sopraremos muitas velas.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Reguffe, preferência sem motivo.


Li recentemente uma pesquisa de intenção de votos para o Senado do Distrito Federal que aponta o deputado federal Reguffe (PDT) com mais de 1/5 das intenções de voto, o que garantiria a sua eleição para o cargo. Eu admito que votei nele nas duas últimas eleições, para deputado distrital e federal, mas a sua atuação política, nesses dois cargos, não motivam mais esta preferência do eleitor do Distrito Federal.
O desempenho dele nos dois cargos pode ser resumido apenas em manter a sua imagem de austero e honesto. A sua conduta de utilizar o mínimo de verbas de seu gabinete não geram efeitos consistentes para a população e também não são objetivos finais de um parlamentar eleito nas urnas. Não constam na Câmara Legislativa do Distrito Federal e na Câmra dos Deputados projetos relevantes de sua autoria que possam ter melhorado a vida do cidadão de forma clara.
Os episódios da carreira política de Regufe diverge com seu discurso de fiscalização do dinheiro público. Não se conhece nenhum caso que Reguffe tenha se antecipado denunciando escândalos envolvendo qualquer colega seu antes da Polícia ou Ministério Público o tivesse feito. A sua atuação nos escândalos políticos sempre foi a de “chutar cachorro morto”.
Reguffe nunca colocou sua competência a prova como secretário, administrador ou qualquer outro cargo no executivo distrital ou federal, logo nunca pôde ser avaliado com executor. Será que realmente vale a pena eleger Reguffe como senador ou governador do Distrito Federal para economizar dinheiro público e não fazer o que foi eleito para fazer?