O foco de médicos e demais profissionais da saúde estará no
diabetes na próxima sexta-feira, doença que acomete mais de 380 milhões de
pessoas no mundo, quase 12 milhões somente no Brasil. Organizado no Brasil pela
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o Dia Mundial de Controle do Diabetes
terá como principal objetivo incentivar campanhas de educação e prevenção. A
urgência em conter o problema metabólico tem razões estatísticas: estima-se
que, se continuar crescendo nos níveis
atuais, até 2035, cerca de 592 milhões de pessoas de todos os continentes
sofrerão como a enfermidade; uma a cada 10 adultos. Até lá, serão 10 milhões de
novos casos por ano, ou seja, três novos diagnósticos a cada 10 segundos. 62%
dos brasileiros apresentam pelo menos um fator de risco para o desenvolvimento
dessa doença e 45% das pessoas desconhecem as mais simples práticas de
controle, segundo a SBD.
Quando o pâncreas não produz a insulina na quantidade
suficiente para suprir as necessidades do organismo ocorre o diabetes. Ou
porque esse hormônio não consegue agir adequadamente. Assim, a insulina reduz a
glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue penetre nas
células para ser utilizado como fonte de energia. Se faltar esse hormônio ou se
ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e,
consequentemente, o diabetes.
O diabetes se apresenta de duas formas. No tipo 1, que
ocorre em cerca de 5% dos pacientes, o pâncreas perde a capacidade de produzir
insulina devido a um defeito do sistema imunológico. Isso faz com que os
anticorpos ataquem as células que produzem esse hormônio. No tipo 2, mais
comum, há uma combinação de dois fatores: a diminuição da secreção de insulina
e um defeito na ação dela conhecido como resistência à insulina. Há ainda o
diabetes gestacional, que apresenta alteração da glicemia durante a gestação,
sendo que em alguns casos a glicose do sangue retorna ao normal após o parto e
outros tipos de diabetes mais raros com causas variadas. O problema metabólico é
a maior causa de amputação não traumática de membros inferiores. O diabetes é
também a maior causa de cegueira adquirida no mundo e uma das principais razões
da disfunção erétil.
A prevenção é o melhor remédio para combater o mal
metabólico, diante de tanto risco e da lista diversa de consequências. O
pré-diabetes é um termo usado para indicar que o paciente tem potencial para
desenvolver a doença, como se fosse um estado intermediário entre o saudável e
o diabetes tipo 2. No caso do tipo 1, não existe essa condição. Já se sabe que
a forma mais comum da doença está associada à obesidade, a fatores genéticos,
ao sedentarismo e a dietas inadequadas.
A base da prevenção é a mudança dos hábitos de vida. Uma alimentação saudável associada à prática de atividade física é o primeiro passo para o sucesso no controle da glicose. O pré-diabetes pode ser identificado em um simples exame de sangue, em que são observados os níveis de glicose no sangue ainda em jejum. A pessoa é considerada pré-diabética quando os valores da glicemia variam ente 100 mg/dl e 125 mg/dl.
A base da prevenção é a mudança dos hábitos de vida. Uma alimentação saudável associada à prática de atividade física é o primeiro passo para o sucesso no controle da glicose. O pré-diabetes pode ser identificado em um simples exame de sangue, em que são observados os níveis de glicose no sangue ainda em jejum. A pessoa é considerada pré-diabética quando os valores da glicemia variam ente 100 mg/dl e 125 mg/dl.