Quem veste o manto sabe bem como a coisa funciona. Essa NAÇÃO abre mão da técnica mas jamais vai abrir mão da entrega, isso é inimaginável. Um passe de 20 metros dá até um tesãozinho, mas aquele carrinho na bola praticamente perdida é quase um orgasmo. Na mesma proporção da comparação passe/carrinho, entra a polêmica em questão: Estadual/Libertadores.
Quer fatos? O que tornou Vagner Love unanimidade entre os RUBRO NEGROS? Seus gols? Também, é lógico. Mas a gente vibra com sua correria incansável dentro de campo. Nos preocupamos com a sua pontaria? Sim. Mas ele tem recompensado com entrega, desgaste e superação. E isso vem desde os primórdios, sempre foi assim.
Esse tipo de jogador sempre deixa saudade no Clube de Regatas do Flamengo. Foi assim com Rondineli, com Mozer e com Agustín Valido, o argentino mais apaixonado pelo MANTO SAGRADO. Duvido muito que algum tipo de incômodo deixaria esse cara fora de alguma partida do FLAMENGÃO. Quem conhece a sua história se emociona, quem não conhece tem a obrigação de pesquisar a respeito. Corria o ano de 1944 e o Flamengo decidia a possibilidade de conquistar sua grande façanha, o primeiro tricampeonato estadual (42/43/44). O rival, claro era o ótimo e favorito Vasco da Gama, mas a raça inserida no sangue de cada jogador rubro negro entraria em campo para amenizar todas as dificuldades enfrentadas pelo elenco do Flamengo na época.
O técnico Flávio Costa tinha em seu time titular Zizinho gravemente doente, Pirilo praticamente andando em campo, Bria com furunculose e Valido com 39 graus de febre. Somando tudo isso, ainda havia a seguinte questão: O argentino já havia abandonado os gramados e estava 1 ano e 7 meses sem jogar futebol profissionalmente, mesmo assim aceitou o desafio de encarar o Fluminense (marcando presença na acachapante goleada de 6×1) e na outra semana o cruzmaltino em uma final. O destino resolveu presentea-lo, talvez pela sua dedicação, talvez pelo seu amor ao manto sagrado e faltando 4 minutos para acabar a partida contra o Vasco, ele cabeceou para a meta do goleiro Barqueta marcando o gol que daria a vitória e o título ao RUBRO NEGRO da Gávea.
Estava consumado, o CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO conquistava o primeiro tricampeonato de sua história. Comprovando há mais de 66 anos aquilo que os seguidores rubro negros já nascem sabendo. O FLAMENGO não é simplesmente o clube do povo, da maior e melhor torcida, é também o CLUBE daqueles que se empenham, não se entregam e deixam sangue em campo se esse for o preço exigido pela vitória.
Valido Forever!
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