Muitos dizem que a
geração dos anos 80 foi a última a ter uma infância feliz. Será? Pergunte a
quem tem mais de trinta anos quantas vezes se descabelou tentando assistir o
último capítulo de Caverna do Dragão que jamais existiu. O fato de alguém ter
inventado essa história prova que o nosso bem-estar infantil é demasiadamente
exagerado diante da programação da TV na época. Eu te pergunto, os Smurfs conseguiram
derrotar o Gargamel de vez? A infância da geração dos anos 80 teve seus traumas.
A minha felicidade era mudar
o canal para o SBT. Sim, toda e qualquer casa brasileira ficava sempre
ligada no Plim Plim. Felicidade para mim era assistir ao Sérgio Mallandro no programa
Oradukapeta com a Porta dos Desesperados e o Mallandrovsky! Os politicamente
corretos deixariam existir um programa com esse nome nos dias de hoje? Com
certeza não! E logo depois vinha o Bozo, a gente ficava
esperando para conferir
se alguém ia passar aquele trote para o programa. Sim, o trote do tomate cru. Como
a gente era inocente, né?!
Fale para um fã de Ben 10 que bom mesmo era o “alienígena”
Gyodai. As crianças que curtem Max Steel não
sabem como eram os perigos do He-Man, que enfrentava o Esqueleto e tinha uma
irmã em outra dimensão. Mas cadê os traumas da geração dos anos 80? Bom, nós
não vimos o Hank levar a Sheila para o parque como adolescentes normais. Até
hoje ninguém entende muito bem porque o Seu Madruga não terminou com a Dona
Clotilde. E o que houve com o mascote da Punky na série da TV, aquele bichinho
que voava e fazia magia com as orelhas? E por aí vai... Agora pergunte aos
jovens de vinte e poucos anos se eles têm os seus traumas da cultura pop
também. Toda criança teve e terá!
Chegamos
aos trinta anos e devemos saber que nossa infância não foi nada de especial. O
que há de especial é que ela é nossa e o que é nosso a gente cuida. Será mesmo que não foi especial?
Qual outra geração deu sentido a um pogobol? Isso é para
poucos!
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